Quite sua dívida com o banco: essa é uma das principais dúvidas quando o consumidor entra no vermelho. Já que sair desse ciclo de juros não é fácil e, muitas vezes, o valor é triplicado rapidamente.
Pensando nisso, separamos aqui as principais dicas para começar a organizar essa conta e conseguir sair da negativação o mais rápido possível. Confira!
1- Descubra quanto sua dívida vale
O primeiro passo para considerar uma dívida é entender o real valor. Algo que pode ser um pouco complicado se estiver negativado há algum tempo.
Na prática, você precisa avaliar quanto começou a dever e a quanto chegou à conta.
Por exemplo, imagine que você tinha uma fatura no cartão de crédito no valor de R$ 400 e não conseguiu pagar. Geralmente, nos primeiros dias após o não pagamento, a taxa costuma ser bem alta.
Como resultado, em poucos dias, os juros podem ter chegado a R$ 100 e continuam subindo. Ou seja, os juros são acrescidos a partir do valor atualizado da fatura.
O resultado é que, ao atrasar em 30 dias, por exemplo, ao invés de pagar R$ 400, você estará pagando mais de R$ 600.
Sendo assim, avalie o valor que deixou de pagar (o original) e qual a diferença da conta atual. Claro que haverá juros a serem pagos, mas isso facilita o processo de negociação.
2- Considere o seu orçamento atual: quite sua dívida com o banco
Agora é hora de entender qual o seu orçamento. Ou seja, o quanto ganha, contas que são pagas mensal ou semanalmente, quanto fica na sua conta ao final do mês e assim por diante.
Suponha que você ganhe R$ 1500 ao mês e tenha as seguintes despesas:
- Aluguel: R$ 500
- Energia e água: R$ 100
- Internet: R$ 100
- Mercado: R$ 400
Considerando apenas esses custos, fica R$ 400 na conta. Provavelmente, esses serão destinados a outros gastos, como combustível ou ônibus, uma saída no final de semana, etc.
Ou seja, “sobrar” é quase impossível. Logo, é necessário reavaliar seus gastos para conseguir economizar um pouco.
Sabendo de tudo isso, você consegue entender quanto consegue poupar ao mês.
3- Veja se existem ofertas de negociação
Se você está negativado, o banco, terceiros ou mesmo plataformas de crédito podem ter acordos interessantes. No Serasa, por exemplo, os parceiros disponibilizam condições especiais de ofertas com descontos. Tanto para pagamentos à vista quanto parcelados.
Principalmente para dívidas antigas e com valores altos, essas podem ser opções que vão caber no seu bolso.
Inclusive, mesmo que você não aceite essas condições, pode ser interessante saber quais estão sendo oferecidas a você.
Aqui vale informar que muitas instituições financeiras “vendem” as dívidas dos clientes para terceirizadas.
Justamente por isso, o banco deixa de ligar para você e outras empresas começam a entrar em contato. Geralmente, escritórios de advocacia e assim por diante.
Nesses casos, pode ser que você encontre algumas opções de negociação, mas é melhor ficar atento antes de aceitar qualquer acordo. Verifique todas as opções!
4- Converse com o banco
Tomar a iniciativa e conversar com o banco é uma opção que precisa entrar na sua lista de coisas a serem feitas.
Se você já tentou conversar antes e não deu certo, tenha em mente que, para a instituição financeira, não é interessante que essa conta continua a crescer.
Logo, é importante tentar novamente e manter a calma.
A princípio, mostre para o banco que você está disposto a negociar e veja quais são as opções disponíveis, aquelas que o banco está oferecendo.
Em seguida, considere essas opções e converse sobre o que você realmente pode pagar, sobre o valor inicial e o valor de juros que estão sendo cobrados e assim por diante.
A ideia é conversar de forma franca, sem aceitar acordos absurdo e que não possam ser cumpridos. Ou seja, só aceite a negociação se realmente puder arcar com aquele valor.
Em alguns casos, pode ser mais interessante esperar mais um tempo, guardar o dinheiro e dar um bom valor de entrada, reduzindo o total a ser pago.
5- Quite sua dívida com o banco: não faça mais dívidas
Um erro comum é fazer uma nova dívida para quitar a antiga.
Por exemplo, muitos brasileiros fazem um financiamento ou empréstimo para tentar quitar a dívida. O problema é que pagam aquela conta e acabam com uma nova, muitas vezes com valor superior a antiga.
Claro que, em alguns casos, isso pode funcionar e até garantir uma ordem na vida. Mas, na maioria das vezes, isso prejudica ainda mais as finanças.
Neste aspecto, o ideal é organizar tudo e evitar qualquer outra solicitação de crédito. Faça as contas, converse com o banco e tente resolver de outras formas.
Caso tenha várias dívidas, comece por aquelas que tem um juros maior (para quitar e evitar que aumente), para depois seguir para as mais baratas.
Dívida caduca: o que significa
Se você está no vermelho já deve ter escutado algo sobre uma dívida caducar depois de 5 anos. Mas é preciso entender exatamente o que isso quer dizer, já que muitos entender de forma equivocada.
Na prática, o que acontece é que, após 5 anos de dívida aberta, a empresa credora deve retirar seu nome dos órgãos de crédito, como SPC e Serasa.
Entretanto, o credor ainda pode cobrar esse valor de forma extrajudicial.
Neste aspecto, o seu score de crédito aumenta, mas a dívida continua existindo e você ainda será cobrado por isso.
Além disso, há dívidas que prescrevem em 1 anos, como serviços de seguradoras, mas também outras que prescrevem em 2, 3 e 10 anos.
As exceções, que não prescrevem, são as dívidas são aquelas de ordem municipal, estadual e federal. Neste caso, as dívidas se tornam “ativas”.
Cabe destacar que, se você fizer um novo acordo e não arcar com o contrato, vale essa nova data, não a “antiga”.
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